Dois textos me chamaram a atenção esta semana, o primeiro é uma frase que ouvi numa palestra que assisti: “Espiritualidade é aprender a fortalecer nossas fraquezas” de Pai João da Paz e o outro mais longo é parte do livro A Alma Imoral de Nilton Bonder:
“Há um olhar que sabe discernir o certo do errado e o errado do certo.
Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e a desobediência representa respeito.
Há um olhar que reconhece os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos.
Há um olhar que desnuda, que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade.
Este olhar é o da alma.”
Esse olhar da alma quando desperto, livre de interpretações equivocadas e voltado a entender nossas fraquezas é que está a serviço de nosso desenvolvimento espiritual. Há muito tempo perdemos esse discernimento. Estamos tão empenhados em “fazer o que é certo”, seguindo as normas, regras e parâmetros de comportamento impostos pela família e sociedade que esquecemos que somos um espírito tendo uma experiência humana. Não é erro nosso. É uma questão de hábito. Nossos ancestrais foram perdendo o contato mais intimo consigo mesmos através das gerações. Se submetendo a demandas externas ao invés de aprenderem a respeitar sua maneira de ser e buscar expressá-la da melhor forma possível. Nossos pais não tinham como nos ensinar a viver de outra forma.
Assim aquelas regras e normas foram moldando nosso comportamento nem sempre de acordo com nosso intimo. Muitas vezes aquilo que é visto como “nossas fraquezas” são na realidade uma forma desvirtuada de enxergamos nossas qualidades inatas, que podem estar sendo mal expressas ou interpretadas. Desta forma nós as vemos como algo negativo, errado e inadequado. Isso não é bem assim. Na maioria das situações que somos recriminados ou nos recriminamos, por termos sido ou feito algo considerado incorreto para determinado momento, o que temos que fazer é dar uma parada, tomarmos distância e analisarmos qual foi a realidade que estava em andamento naquele momento. Era possível ter sido de outra forma? Qual a alternativa possível? Qual atitude era mais adequada?
O olhar da alma só vê o que é real. Você pode se perguntar então o que é isso? Ora a realidade simplesmente é, não há julgamentos a serem feitos, tudo só pode ser o que é, nada mais. Perceba que antes, durante ou depois que as coisas acontecem, nem sempre estamos presentes, na maioria das vezes ou estamos programando a situação, o que de modo geral nunca se concretiza da forma como imaginamos, pensamos que vamos falar em seguida, ou estamos pensando em outras coisas. Depois da situação ficamos pensando que poderia ter sido diferente. Todas essas elocubrações são nada menos que nossas crenças, valores e interpretações do que julgamos ser o real e estas são como nossos mapas ou guias de ruas, estão distantes do que acontece na verdade. Portanto devem ser vistas de outra maneira. Temos que aprender ou reaprender a vê-las como algo que nos ajuda a entender o que é, mas não são o que é. Por isso às vezes pode ser que haja desrespeito ao obedecermos ou o contrário. Sermos fieis perversamente e trairmos com lealdade. Tudo depende.
É também desses mapas, que são nossas interpretações, que nascem os mal entendidos e vemos fraquezas onde elas não existem. Se conseguirmos vê-las de outra maneira perceberemos que onde vemos erro e inadequação pode existir muita força, aprendizado e lição. Sabendo que há muitas outras possibilidades de ver determinado assunto, podemos nos dar conta de que há maior liberdade de ação daquela proposta pelos padrões estabelecidos. Somos muito mais do que imaginamos ser. Cada um deve empreender seu caminho nessa busca e descobrir a força que antes via como fraqueza.
“Há um olhar que sabe discernir o certo do errado e o errado do certo.
Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e a desobediência representa respeito.
Há um olhar que reconhece os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos.
Há um olhar que desnuda, que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade.
Este olhar é o da alma.”
Esse olhar da alma quando desperto, livre de interpretações equivocadas e voltado a entender nossas fraquezas é que está a serviço de nosso desenvolvimento espiritual. Há muito tempo perdemos esse discernimento. Estamos tão empenhados em “fazer o que é certo”, seguindo as normas, regras e parâmetros de comportamento impostos pela família e sociedade que esquecemos que somos um espírito tendo uma experiência humana. Não é erro nosso. É uma questão de hábito. Nossos ancestrais foram perdendo o contato mais intimo consigo mesmos através das gerações. Se submetendo a demandas externas ao invés de aprenderem a respeitar sua maneira de ser e buscar expressá-la da melhor forma possível. Nossos pais não tinham como nos ensinar a viver de outra forma.
Assim aquelas regras e normas foram moldando nosso comportamento nem sempre de acordo com nosso intimo. Muitas vezes aquilo que é visto como “nossas fraquezas” são na realidade uma forma desvirtuada de enxergamos nossas qualidades inatas, que podem estar sendo mal expressas ou interpretadas. Desta forma nós as vemos como algo negativo, errado e inadequado. Isso não é bem assim. Na maioria das situações que somos recriminados ou nos recriminamos, por termos sido ou feito algo considerado incorreto para determinado momento, o que temos que fazer é dar uma parada, tomarmos distância e analisarmos qual foi a realidade que estava em andamento naquele momento. Era possível ter sido de outra forma? Qual a alternativa possível? Qual atitude era mais adequada?
O olhar da alma só vê o que é real. Você pode se perguntar então o que é isso? Ora a realidade simplesmente é, não há julgamentos a serem feitos, tudo só pode ser o que é, nada mais. Perceba que antes, durante ou depois que as coisas acontecem, nem sempre estamos presentes, na maioria das vezes ou estamos programando a situação, o que de modo geral nunca se concretiza da forma como imaginamos, pensamos que vamos falar em seguida, ou estamos pensando em outras coisas. Depois da situação ficamos pensando que poderia ter sido diferente. Todas essas elocubrações são nada menos que nossas crenças, valores e interpretações do que julgamos ser o real e estas são como nossos mapas ou guias de ruas, estão distantes do que acontece na verdade. Portanto devem ser vistas de outra maneira. Temos que aprender ou reaprender a vê-las como algo que nos ajuda a entender o que é, mas não são o que é. Por isso às vezes pode ser que haja desrespeito ao obedecermos ou o contrário. Sermos fieis perversamente e trairmos com lealdade. Tudo depende.
É também desses mapas, que são nossas interpretações, que nascem os mal entendidos e vemos fraquezas onde elas não existem. Se conseguirmos vê-las de outra maneira perceberemos que onde vemos erro e inadequação pode existir muita força, aprendizado e lição. Sabendo que há muitas outras possibilidades de ver determinado assunto, podemos nos dar conta de que há maior liberdade de ação daquela proposta pelos padrões estabelecidos. Somos muito mais do que imaginamos ser. Cada um deve empreender seu caminho nessa busca e descobrir a força que antes via como fraqueza.